terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tudo ao mesmo tempo.

Os pés não tocavam o chão. As mãos estavam frias e o corpo também. Temperatura altíssima, nada estava normal naquela noite. De repente, eu podia sentir que algo tinha acontecido ou ia acontecer. Tentei descobrir o que era, disquei vários números, principalmente o seu. Fora de área ou desligado. Subiu pra cabeça e o ventilador não girava mais, desligado também.

De repente surgiu uma nuvem e o mar escureceu.
Gritei, mas ninguém ouviu. Até ouvir uma voz que me atendeu com todo o carinho do mundo. Acalmei-me por um instante com um abraço que apareceu do nada, na hora exata. Não estava mais tudo tranquilo depois de alguns minutos. Meu coração sumiu, ele não batia mais e nem ao menos sei por que ainda estou viva. Corri, desci, subi, deitei e respirei. Tocou... Estava vibrando e dessa vez era quem eu queria com, tudo o que eu temia para me dizer. Disse. Lágrimas caíram, não era mais eu em mim, não era mais minha mente em si, não estava mais ali. Meu quarto ficou escuro, em um tom preto e branco tão forte que nem os meus olhos podiam enxergar... Sequer se abrirem.

Fiquei em pé na frente da porta, meus pés tremia, minha voz tinha falhado, nem sabia se alguém podia mais me escutar de tão rouca que estava. A porta foi aberta e olhos...
Ah os olhos, me encontraram. O sorriso tinha sumido aquele sorriso que me contagiava, que me fascinava. Os olhos estavam diferentes, frios talvez. Vermelhos, cansados... Tristes. Sentei ao seu lado, me puxou e me pediu para olhar nos olhos... Não conseguir, tentei juro... Foi em vão.

Na minha mente muita coisa se passava naquele momento. Tudo... Nada e um pouco mais de tudo. Meus sentimentos se embolaram quando eu ouvir a primeira frase, nem sabia como mexer as minhas mãos. Mas conseguir depois de um abraço aconchegante. Estremeci quando o abraço me apertou com mais força. Aliviei quando ouvir a palavra ''amor'' nos meus ouvidos, tão perto de mim, tão perto do meu coração. Sosseguei, quando o vi dormindo no meu colo... O tempo tinha que parar ali.

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