segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Emptiness...


E de repente parece que suas mãos estão todas ocas, sem destino algum para apontar, sem nada, totalmente lisas. Você fica sem saber para onde olhar, para onde correr, por onde começar a respirar e a única saída é olhar para o céu e imaginar uma chuva. Mas de repente, essa chuva começa a cair e você realmente percebe que não existe coisa pior para acontecer naquele momento. As lágrimas começam a aparecer do nada, escorregam pelo o canto dos seus olhos, chegam ao inicio dos seus lábios, até fazerem poças no seu pescoço e você continua correndo sem direção. A chuva não está se importando com a sua dor e em uma esquina deserta, você encontra o que faltava para a sua vida desmoronar de vez naquele momento.

Mas por quê?
Você se pergunta.
Porque logo comigo?
Você fica a refletir.

E desesperadamente sair dali antes que alguém notasse a sua presença, era necessário. Antes que as suas suspeitas batenssem muito mais além da sua mente chegando ao seu coração, em um momento impróprio como aquele. E voltar para a casa é a ultima coisa que você quer, afinal dentro daquele quarto vazio, tudo só ia ficar pior. O oco começa a fazer moradia dentro de ti e você deixa esse vazio tomar conta do seu peito, pois não tem mais forças para correr, para fugir. O mar te recebe de braços aberto, mas você prefere depositar as suas pernas estiradas na areia e a chuva chega a castigar com o vento forte que sopra pelo os seus olhos, fazendo com que suas lágrimas se espalhem pelo o rosto e se embolem juntamente com aquelas gotas que caiam do céu diretamente pra cima de você.

E por um momento você encontra forças, se imagina sorrindo, tentando e logo em seguida olha para um lado e para o outro novamente e ver que tudo aquilo é só uma vontade de ter força de vontade. Que naquele momento, a única coisa que te restou foi um vazio imenso, um vazio que jamais tinha sentido antes e você nunca vai senti, pois naquela esquina deserta a sua companhia não era eu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário