sábado, 23 de abril de 2011

Transtorno.

Tentei evitar esse transtorno, essa vontade de querer mais. Tentei nem ao menos chegar tão perto e disse não por diversas vezes para não me machucar, mesmo sabendo que por alguns segundos eu poderia ser feliz com tamanho sentimento a ser sentido. Porém, evitei e evitei por tanto tempo. Mesmo assim, eu queria, eu tentava chegar mais perto e forçava pra que aquilo se repetisse sempre. Era legal se sentir daquele jeito por alguns minutos, segundos, horas... Por quase nada. Sentia-me livre, feliz com tamanho sorriso, com aquele olhar grudado no meu, com aquela sensação de ser assim pra sempre. No fundo eu sabia que nada é pra sempre e que não seria assim o tempo todo, que alguma coisa ia causar um simples transtorno.

               Posso até me precipitar quando abro a boca pra dizer que vou te deixar.
                  Mas parece que o medo não te atormenta e isso não me alimenta.

Sinto falta daquele sorriso, daquela época onde ninguém se importava com ninguém e que ao mesmo tempo a saudade era venerada quando os dias passavam tão devagar.

               Talvez, seja isso, o encanto acabou.
                 Mas não pra mim e sim pra você.

Tem aqueles casais que se amam eternamente, durante todo o instante, que se prendem nos sorrisos, nos momentos, nas vontades, nos acontecimentos que existem entre ambos. Tem aquele casal, que se prende em um olhar, onde se amam durante segundos parados, só se olhando, se amando, deixando com que um filme do futuro passe por suas mentes, para que se eternize na imaginação de ser feliz. Talvez, esse casal sejamos nós dois. Vivemos de lembranças, de desejos, do futuro. Sem perceber que o presente toma conta do pouco espaço que sobra pra nos encontramos e é isso.

                         A vida nos proporciona coisas boas e ao mesmo tempo ruins.
           Só que esquecemos de aprender a lidar com as péssimas situações do amor.

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