quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

15.

Fechei os olhos e percebi que tinha se esgotado as lágrimas. Tentei abri-los, mas percebi que tinha cansado de enxergar a vida daquela forma. Continuei a tentar e percebi que tentar demais não vale muito à pena. Por tudo o que eu fiz, por todo o esforço, a culpa ainda assim é minha e talvez se o castigo for pesado, eu deva merecer. Pois eu tentei me privar, me livrar e me libertar do seu olhar e não conseguir. De alguma forma o seu ar de certeza me prendia nos seus braços e eu fazia loucura sem imaginar que as conseqüências iam ser muito ruins. Mas o que era aquele jeito? E porque eu me fascinei daquela forma? Não tem resposta. Não adianta, eu não vou achar resposta de nada. Ninguém manda dentro de você. As coisas se misturam e o telefone não toca mais e eu até tento não retornar, mas é impossível. Sua voz é tão fria que dói ter que ouvi-la. A minha vontade estar acabando, eu sinto, mas enquanto ela não acaba, o resto que ainda sobra, clama pelo o seu carinho, pelo o seu abraço que me fazia sumir... Não adiantou nada, nada! Pra que mudar, não é mesmo? É, pra que. Também não sei te responder, mas eu procurei por respostas todo esse tempo e parece que mesmo não tendo, tudo foi em vão. Viver daquele jeito, chorar daquela forma... Eu aceitei, eu aceitava tudo que vinha de seus olhos. Acreditei em mentiras que pareciam verdades, mesmo sendo mentiras. Transformei o meu conceito em uma coisa banal, em algo que não fazia mais sentido. Fui contra mim e hoje o que eu sou? Também não sei te responder. Em meio tantas perguntas, eu só sei dizer que o amor ainda existe e talvez se você bater na minha porta agora, eu vá te perdoar por tudo o que me fez, só não sei se me perdoaria por ter sofrido tanto. Prefiro que fique onde esta e que a vida faça valer por merecer. Se por um acaso você lembrar-se da data de hoje, me dê um sinal ou apenas ignore, sem querer voltar atrás. Talvez a dor seja menor.

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